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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Olhar com Vista sobre o Rio (16)



 
Acinzentas-te para meu agrado ou são meus olhos ainda da tristeza do dia que se deslavam aos poucos tingindo-te as águas, camaleónicas vontades nossas ó Tejo, grande Rio, grande mágoa que trago por dentro, embala-me fados, desencanta-me este gosto das decadências e manda-me azul, embarca-me em trovoadas e dá-me um medo de verdade que me acorde à poesia...
 
De amante que te sou ouves, afinal sempre.
 
No risco curvo das pestanas auguro a tua veia de pintor, uma paleta colorida de arco-íris agua-se na lágrima que enxugo.
O marinheiro de olhos azuis sorri-me.
 
Leva-me para casa Rio.



(in Olhar com Vista sobre o Rio, 2012)

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