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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O livro negro dos homens (doze)



 
Aprende-se rápido a má intenção ou a fuga ou o desvio ou o confronto com a verdade, tudo o que seja olhos nos olhos e a sonoridade clara das palavras na aceitação da responsabilidade ser minha.
Deles.
E minha, claro. Que a tenho tido muitas vezes ao longo desta vida e que nas vezes que a tenho enfrentado, houve umas quantas que me agarraram pelos braços e evitaram que eu dissesse as palavras, nada de ruído e situações embaraçosas, melhor deixar assim, até pode ser que ninguém note.
E eu? Não noto?
Acaso cá por dentro o meu todo continuará o mesmo todo se não disser que a culpa é minha e pedir perdão? E pedir outra oportunidade para emendar o torto a meu custo pois se de mim foi que tudo se estragou?
Não.
Talvez porque no troco esperam que eu não exija o mesmo. Que eu esqueça que me doeu e que quero justiça, quero reparo.
Se calhar é por isso que sou vingativa. Mas o gosto não me sabe bem.


(Lx., 05-04-2010)

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