Avassaladora, foi como chegou, uma pancada na nuca à traição que faz vergar e desorienta, só se vê o chão como horizonte e o mundo conhecido é uma dor imensa que alastra como água em papel mata-borrão. Derrubou, quis erguer-me rápido para reagir mas o sangue não sei para onde tinha ido que das veias e do meu comando só ouvia o coração a extinguir-se seco num deserto a mirrar, descompassado e eu sem lágrimas de vontade de as gritar que não saíam, a voz, a voz, e a mão na nuca sangrenta de um sangue ausente, a confusão de não acreditar e acreditar no momento, feridas injustas que saram só para ninguém as ver e nem um ai, um grito a pedir ajuda que não há voz em tanta areia que me desenterre e ponha a direito a olhar de frente, fiquei assim, estou assim, dobrada e silenciada pela notícia recebida.
Ninguém deu por nada.
Talvez uma palidez passageira, um suspiro.
Nem podiam...As Árvores não gritam.
Sem comentários:
Enviar um comentário