O que importa é o riso mesmo que em silêncio se faça, mesmo que o ruído não chegue para despertar aos outros o apelo dos olhares distraídos na emoção gigantesca do desenrolar do tapete da felicidade, coisa sem tempo nem medida, um voo directo ao espaço onde os espaços se constróiem de paraísos privados no que de mais saboroso e suculento se quer e guarda.
Mas também o riso franco, sonoro, o eco da gargalhada a ocupar o universo e a propagar ondas em alegria que se atraem em outros elos de risos germinando correntes que se atam em redes invisíveis tão finas, porém tão fortes que sustêm o desgosto quando a memória escapa.
O riso das lágrimas. Um escudo quase impenetrável, louco e tóxico, doloroso e viciante que faz esquecer o próprio e acaba por esquecer, odiar, secar.
Únicos na capacidade de o possuír, é do riso que também somos exclusivos a silenciá-lo.
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