Aliás, ignoras-me.
Fazes de conta que sou invisível ou que não sou, se queres saber, velhos hábitos de outros a que me acostumei a lidar e ao invés de lhes dar troco no mesmo ouro, incomodo-os, uma perturbação, quem é esta que se devía passar por morta e dá mortais para chamar a atenção?! Olhos nos olhos. É isso. És tu capaz de me encarar?
Ter a coragem de despir Domingos, esquecer fardas e mulheres assim e assado, acabar com essa confusão dos recatos e olhar-me como uma mulher única, toda, cheia de defeitos, palavrões, despenteada e unhas roídas mas com energia suficiente para empurrar todos os 365 dias com lágrimas e risos e ainda chutar desamores e invejas, saltos partidos e dores de barriga, cansaços e saudades de menina?
Não dizes nada...
Porque sabes que sim.
Eu sabía.
Estas conversas sobre o amor-próprio são sempre muito eloquentes.
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