
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Encaixes

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Crónicas do Tejo (XI)

terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Contos Curtos Quase Escuros - O Turco

- E esse quem é? - mastigando a carne dos rojões, bochechas de um lado e de outro, um fio de gordura abrilhantando as comissuras até ao queixo, olhar não muito atento, concentração total no degustar. Levou o copo aos beiços e enquanto o vazava olhava o tecto, um quase agradecimento ao criador por tão bela iguaría. Bateu o fundo do copo com força na mesa e voltou ao prato.
- Encontrei-o no meio de umas coisas velhas, lá para o sotão. Achei que dava pinta aqui ao tasco, não achas? Parece que era turco e até já me disseram que se finou aqui, aqui mesmo (e batía o indicador no tampo da mesa) e olha, tal como tu estás agora, assim ele bateu as botas! - arqueava os sobrolhos e abría muito os olhos para que a história se tornasse mais credível.
- Que conversa é essa? Também comía rojões? Não me agoires! Isto está a saber-me pela vida e ainda tenho muita estrada para fazer! Querem lá ver?! Deixa-me comer descansado e ao turco deixa lá, já se foi, já se foi! Onde está não come disto!!! - agitava a mão grande e sapuda como uma onda a ir-se. Voltou a encher a boca dos nacos, deixava os bocados deslizarem goela abaixo depois de lhes sorver todo o suco condimentado.
- Não é isso, homem! Parece que o turco na gula de encher a boca engasgou-se e foi desta para melhor! E até dizem que deitou uma maldição aqui a esta mesa... Cá por mim, esta história até chama clientes...
Abriu a boca exibindo o bolo alimentar, a cabeça atirada para trás, a gargalhada atafulhada no rojão, as lágrimas espreitaram no canto dos olhos, emitia um AHAH, UHUH, e baloiçava-se para trás e para a frente, vermelho, escarlate e de repente um arfar, um sufocar na carne que lhe recheava a boca, pendurou ambas mãos nos colarinhos do outro, agora aflito e depois despencou de olhos fechados para grande pânico do amigo.
- Eu não disse?! Ai! E agora? E agora?
(Silêncio)
- Caíste que nem um pato! O turco, não é?! Deixa-me rir! Se visses a tua cara! - disparou numa risota ainda maior, ainda mais sonora, ainda mais balouçada. A cadeira resvalou, sucumbindo ao peso do seu hóspede caíndo desamparado de costas, um som de abóbora a tombar.
- Anda, levanta-te! Pára lá com isso! Achas que sou parvo e caio duas vezes seguidas? Olha os rojões a arrefecerem...
(in Contos Curtos Quase Escuros, C.G.-16/01/2008)
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Adorei! Beijinhos

domingo, 27 de janeiro de 2008
sábado, 26 de janeiro de 2008
Apanha-me!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
O papel quimico

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
APELO

Supõe-se que tenha sido abandonada. A Nice recolheu-a, temporariamente, uma vez que já tem a Ema e o Salvador e não tem condição de manter mais um.
Procura-se quem adopte a Olívia, a cuide, alimente e simplesmente a ame.
Mais informações em This Nice World.
Obrigado.
Cronicas do Tejo (X)
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Overtime

terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Contos Curtos Quase Escuros - Frutos de Inverno

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Não quero muito de ti

Não quero muito de ti.
Nem promessas nem feitos,
Que sejas tu, basta.
O que me hás-de ser me servirá,
Simples, lágrimas à ida e um sorriso à chegada,
Beijos pequenos pela manhã um longo e molhado na madrugada.
Não quero muito de ti.
Nem mãos acenadas nem abraços breves,
O teu corpo inteiro, basta.
O que me hás-de tomar teu será,
Simples, orvalho à chegada e mar à partida,
Olhos rasgados pela manhã vendados na madrugada tecida.
Não quero muito de ti.
Nem ouro nem prata,
O que sonhamos, basta.
O que te amo paixão será.
Simples, lua crescente sol a nascer,
Inverno em que me aqueces Primavera no florescer.
(in Toda a Poesia despida, C.G. Novembro/2007)
domingo, 20 de janeiro de 2008
sábado, 19 de janeiro de 2008
O fisico e a química
.
(in Contos da Fogueira, C.G.- 27/09/2006)
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Surpresas
A ASPÁSIA, jardineira de poemas e canteiros onde se podem colher flores à vontade, atribuiu ao Árvore das Palavras este selo distinto e unicamente atribuível às meninas.
Obrigado Aspásia, principalmente pelo teu companheirismo e cumplicidade ao longo destes meses, boa disposição e magnifico versejar.
Mas também o LUÍS me surpreendeu. De duas formas: pelo prémio e porque é um leitor mui recente do Árvore.
Agradeço sinceramente a lembrança e a atribuição.
É suposto a entrega destes prémios sob condições que estão subscritas a regras de números de agraciados. Não vou dar seguimento a essas leis... Da minha lista de links, aí ao lado direito, considero-os todos merecedores e não faço distinção de géneros. Ou melhor, é o género que eu gosto e para mim isso é bastante.
À Aspásia e ao Luís, um beijo e muito obrigado por brindarem a Árvore.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Iatos
Para gáudio de uns que me encontraram silenciada e desespero de outros que me espreitam regressada cumpre informar que VOLTEI.
O que é que me aconteceu?
O que quiserem: imaginem-me viajada, repousada e tratada como uma princesa. Ou então, numa lufa-lufa de pesquisa, traçando novos motivos de escrita. Ou prisioneira: de um amor único que me compromete o pensamento e o sentir, que faz de mim lua na noite ou astro-rei durante o dia... Ou será que apenas deixei de ter vontade de escrever? E que voltei à dança? Ou que estive ocupada com algumas editoras? Ou que disfarçada movimentei-me no maior à-vontade pelos wc masculinos? Ou que de vez me transformei num elefante ou num cão?
O guião fica à vossa responsabilidade.
Obrigado aos que vieram e me leram.
Aos vossos comentários respondo de seguida, atenta e carinhosamente.
Um beijo,
C.G.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Compreender

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Os meus segredos (sete)
(in Os meus segredos, C.G. -08/11/2005)
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Naus

terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Contos Curtos Quase Escuros-A Estrada

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Cartas ao Poeta (XI)

domingo, 6 de janeiro de 2008
sábado, 5 de janeiro de 2008
Fantasmas

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Descalça

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
No sitio do costume

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Flechas

Há coisas que simplesmente fazem o dia. O meu. Podem parecer quase inúteis, nada de palpável ou visivel mas apenas enchem o coração e fazem parecer mesquinhos todos os ruídos sem interesse que muitas coisas e muitas pessoas fazem à nossa volta.
Falo de gestos, sons de vozes que nos chegam, macios, reencontros com amigos que não víamos há algum tempo, descobertas do outro, uma carta, um simples recado.
Tudo isto me inebria, eleva o meu bem-querer, faz-me especial.
A coisa sem forma tem uma beleza muito além da dimensional e tocável porque a torna tão unica e rara, semelhante à mão do arqueiro, certeira, firme.
Hoje fui atingida por várias flechas. Estou vaidosa sim. Mas apenas porque me apercebi da riqueza que me foi entregue.
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
Janeiro
