Depois da notícia. Depois dos ouvidos não entenderem o zumbido que selam as palavras e num rasgo as pupilas dilatarem-se para na fracção seguinte encolheram à claridade que o cérebro engole e pontapeia o corpo todo, hirto, alerta, frio e logo gélido e logo suado, escaldado, um torpor que isola toda a dor, força, mil forças, pedra, monumento, isolamento.
Depois consigo só. O reviver, remoer, regurgitar e vomitar entranhas que se esconderam em coração, finalmente corações, perguntar porquê, desejar chorar e chorar e falar para dentro e ouvir respostas profundas que nada dizem porque nada trazem aos quês dos porquês nem abafam soluços que se desejam mas não saiem e só amargam a interrogação porque não arrependem, porque tudo o que fez foi certo, justo, medido, cumprido.
Depois da notícia. Falamos.
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