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quarta-feira, 4 de março de 2015

O bater do coração (vinte e quatro)



Que força essa que anima o papel desempenhado por cada um de nós - uns mais, outros menos - que nos leva a disfarçar fraquezas, necessidades, tão só a frágil condição de não sermos lobo solitário mas sempre parceiro de alcateia, que a demência do afastado para além de calcinar o tambor do peito não o faz esquecer os movimentos de insuflar e esvaziar quando a tarde cansada se deita a recolher em tricolor pedido a noite, o sossego do esquecer por algum tempo, um tempo só sem ser só outra vez, um tempo de sonhar sem ser só.
Na verdade o feio e o belo sentem de igual modo por dentro, o bater do coração pode soar aos demais feio e belo, ou fraco e forte consoante a embalagem, defeito de quem só tem olhos para o lobo que disfarça. Engano puro, que tudo quebra, tudo parte quando se é frágil, até o alfa nos momentos de solidão.
 
 

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