Quando menina entretinha a imaginação, o tempo e as mãos a sobrepôr folhas onde desenhava casas com muitas janelas. Recortava essas janelas ao seu centro como se fossem portadas que se abriam e nas folhas coladas por detrás havia a surpresa de uma flor ou de uma cara sorridente que espreitava, um pássaro ou um olá a amarelo. Incomodava as visitas e pedia para descobrir os segredos das janelas e o meu fascínio era sempre maior que a surpresa dos adultos, claro.
Lembrei-me como ficava feliz com o sorriso dos outros e como tão pouco era tanto para mim, como me fazem falta as coisas simples como um sorriso ou uma surpresa, uma pequenina janela recortada de um papel a adivinhar-se sabe-se lá o quê.
Olá! Como um raio de sol.
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