Sol-sombra, rio-céu, palavras-papel, eu-tu, um quase dó-li-tá para me saber caír nos braços de uma nau que não se agita mais que olhos que cerro ao de leve, imaginação das águas que turbulentas no sono pedido, não que peço, gosto que te faço, finjo-me fácil, fazes-me princesa e atravessamos os dois, tu água eu mulher a nau cacilheiro plena de escravos de sonhos e pesadelos de voltares e novas ondas de mares, que até alguns tu consegues enganar.
Finjo que desperto, enferrujo vontades a fazer de verdade a mentira que acordo.
Tu dormes, meu Rio?
(in Olhar com Vista sobre o Rio, 2012)
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