Disse que era do frio, assim acabam-se as perguntas, as testas enrugadas, as paragens a meio-caminho na suspensão da certeza da resposta ou o engano do desvio do caminho à pergunta feita que é como quem diz parece-me que não me estás a responder ao que perguntei levando a pensar noutro assunto distraíndo-me. Pois é, é do frio, este recolher enroscada súbito, é do tamanho paralisar que apetece quando o Inverno verdadeiro e à antiga se senta a meu lado, traça a perna e resolve amiguinho conversar, conversemos. E eu, por dentro, toda outonal de espíritos, resolvi-me em Alices e dispus-lhe a que ele quis, o que ele escolheu.
Eu, disse que tinha frio, tenho frio, por dentro, talvez de um Outono que não me tenha acontecido. Provavelmente desses que só aparecem nos livros e escritos à medida.
(E quando voltares a perguntar vou responder que não me lembro do que estás a falar. Só para não repetir que tenho frio. Por dentro. E viro a página).
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