A árvore a salvar dias de afogamento e noites de esquecer nas palavras que tanto crescem como folhas que miraculosamente despontam em Primaveras aceleradas ou torturam grilhões a ferir pulsos e tornozelos no impedimento da fuga para outros pensares, ainda a árvore refúgio, santuário, celebração, pecado, recordação, memorável nota de outros tempos em que a outros ao mesmo fim serviu, bandeira espetada ou até prémio, árvore minha só minha sem atavios, com defeitos de nós e ninhos de pássaros a aprender a voar, quedas de verbo que o ensaio da língua na minha é aprendiz, que digo eu quando o silêncio rompe a clareira e não se sabe contar, a árvore de ramos descidos num baloiço improvisado empurra suave as lembranças e nos olhos fechados, de outros o sabor de estórias embala a dor, poesia, árvore de homens e mulheres.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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