Evoluem-me as memórias à passagem de cada estação, os safanões das travagens acordam o metal das imagens emolduradas e tanto eu como os outros temos à-vontade para a repetição de diálogos magoados [não sei porque realço sempre os que mais me ferem] não esquecendo o espaço para os silêncios intencionais, as pausas para os passantes que é suposto não escutarem o que dizemos ou a respiração cortada pelo que custa dizer[será?].[Então porquê a insistência do outra vez?!]. Embora saiba o que vou dizer não evito nada e mais uma vez a perdição, o eco do já escutado na minha própria voz [Suicídio]. Sinto a minha língua contra os dentes a soletrarem as palavras dos outros porque as sei de cor e sei também as minhas respostas, até podía achar outro fim, bastava andar e dizer nada e outro final já sería mas a escolha é a escolhida das anteriores [Folheio álbuns de lembranças e nada é mais acertado do que o instinto da verdade]. Final de linha e nem um único sobressalto na curta viagem. Sinto que alguém me espera.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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