A absorvência do mundo que tomba e faz correr contrariados pés que chapinham em sandálias desprevenidas na surpresa da incredulidade, engoliu devagar a existência da minha superfície visível, uma quase paz permito-me. Chove. Chove como em tempo de água esperada a colher, chove muito, a mãos cheias de molhar de pingos a goteiras no nariz e fechar olhos para clarificar a distorção das imagens na duplicidade de vidros aquosos e escorrer por cabelos como algas que se encharcam quando a maré se presta a subir.
Embebo-me.
Transformo-me gota, que uma só é bastante para mim para tomar fôlego e soprar seiva, agarrar raízes e continuar árvore.
Do tecto um rasgo de alivio em tom de azul claro, arco-íris de sete, Rei-Sol a beliscar, eu feliz.
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