Fazer caminho, rasgar joelhos e deixar crescer pele de novo, admirá-la rosada e fina e endurecida em novas crostas de outros tombos caídos se sofrer, caminhando a crescer, conhecer outras estradas e desbravar mato em coragens achadas na surpresa do medo guardado para outra ocasião com propósito próprio que o ir para a frente na descoberta pertence a cada um por si. Querer, ter a certeza do seu poder mesmo quando as memórias plantam aconchegos que fazem devagar outros caminhos mais doces, mostram mãos que chamam para o regresso e se arrecuam em atalhos de olhos fechados em que a dor ficou trancada de castigo. Mas segue-se, vontade é preciso, lá à frente reencontros marcados sem agenda atam corpos em abraços vencedores, sempre a andar, sabermo-nos por dentro para saber indicar caminhos a outros. Um cansaço, leve, tão leve, acaricia a pele calejada de linhas, sentar e descansar um pouco, conhecer de si, embalar esse mapa junto ao peito e querer mais.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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