Falam-me dos contos e dos livros e fazem-me perguntas e eu digo que sim, aparentam ter ficado com fome, querem saber, mostram interesse, que género literário, encolho os ombros e repuxo as sobrancelhas, não quero entrar nesta conversa porque já sei onde vamos parar mas insistem, não sei, é o que que acontecer no momento e depende, do humor e do estado de espirito inquirem, não, respondo eu mas arrependo-me de imediato porque me vai obrigar a falar dos que me acompanham e ninguém vai entender e sinceramente já me deixei da fase das explicações, não largam, tentam explicar-me a mim o que se passa comigo, a mim, encaro-os, prosseguem e não desarmam, solto as palavras homens e mulheres e escuto dizerem-me obsessiva, isolo o resto do discurso e só ouço obsessiva, eu estava sossegada até virem ter comigo e fazerem-me perguntas e eu é que sou obsessiva?
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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