Saltam os dedos um a um e contam-se sete, dizem, um número de sorte, cabalístico, para mim que prefiro os pares e nem tanto de algarismos sirvo o meu mundo nem dei por aqui chegar, só notei a
árvore a crescer, foram linhas e mais linhas, foi a vida a viver e eu dentro dela, eu e a árvore, eu e as árvores das vidas, umas a subirem e a florescerem na estação própria, umas quantas a definharem, ainda outras abatidas.
A das palavras enroupou-se no tronco e ramos em verbo mais ou menos constante consoante a vontade da luz, nunca interrompido sempre livre e idêntico à sua natureza, vir quando apetece, voltar a campo de frutos mesmo que tombados pelo chão quando a mão tem ensejo de os agarrar, apenas passar e olhar sem manifesto porque há dias de noite que a copa se cerra e os olhos só querem adivinhar contornos.
Por enquanto afago folhas nas palavras marcadas que saiem por entre dedos, não as conto, deixo-as ir como vento que penteia a Árvore, acaricia o tempo de aqui estarmos as duas.
* sem esquecer a malograda Flor da Palavra
* sem esquecer a malograda Flor da Palavra
4 comentários:
Parabéns e obrigada!
Grande abraço
marisa
Obrigado Marisa
Beijo para ti!
Gasolina do meu coração! Cá estou em Cascais, pois que acaba de nascer meu neto alfacinha. Passe lá em www.bloghetto.com.br.
Saudade de suas palavras inspiradíssimas!
Seu espaço, como sempre, um primor.
BEIJOCAS!
Meu beijo Selma e Parabéns por esse maravilhoso acontecimento que é receber uma criança!!!
Grata pelas palavras deixadas aqui.
Espero que aprecie lusas terras e estas a tratem condignamente.
Abraço
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