A grande questão é dizerem-nos que estamos no mundo de cá, que pertencemos definitivamente ao mundo de cá e sem sombra de dúvida não transpusemos a linha para o outro lado, aliás esse risco nem sequer é invisível, é tão notoriamente saliente que pode ser identificado como uma patologia, portanto, descanse-se. Tudo real, normal, saudável.
A partícula do ressalto é sabermos que o traço não está totalmente preenchido, que há um pequenino momento em que este desapareceu e consegue passar-se para o outro lado. Loucura da loucura. À custa de se dizer eu não sou doido talvez se entenda que se é o mais lunático de todos. Ou então, condescendentemente se faça a vontade, é do bom senso que não de devem contrariar os malucos.
Mas se só do próprio há a sabedoria dos dois mundos, o saltar inconstante sem passaporte em visitas mais ou menos fortuitas em que o agrado se faz do melhor dos dois e se recolhem experiências para encontrar não respostas mas mais perguntas para explicações que acordam a meio da noite no sobressalto do eu, eus, coisa sabida sem se saber, mantos que se arrastam além fronteiras?
E depois... o fascinio do perigo. Mas também o juízo do perigo. Um dia, quiçá presa entre mundos.
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