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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Alucinações de uma vida paralela (10)




Ah! O teatro.

O-TIATRU!

Não foi opção, foi condição, foi ar, foi roupa, foi pele, foi salvação, foi deitar e acordar assim dessa maneira já pronta e esquecida. Não lembrar de andar de pés de pato nem lordose que arrebitasse saia travada nem francês que não servisse para exprimir fromage ou parfum ou rouge, ruge por dentro mas não ligo que a mayonese talha-me as palavras e não tenho outras e as outras não as assento por não querer mais acentos nos que enxotei, não quero ninguém de roda de mim, tenho este palco que sou eu e a minha vida e esta correría de mulher tão bem composta que  passa de um ano para o outro, um dos meus melhores desempenhos sem tempo para pensar e que não se ache que sempre foi no improviso que a cena foi levada porque isto custa, custa, apupe o primeiro que disser que  me vê e desacredita porque só no fundo dos olhos, mesmo no fundo ainda há água que se agita. 
 
 

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