
Tenho paixão pelo sol quando o Janeiro medeia e suspiro por trovoadas molhadas em pleno Agosto. Sem dúvida que o Outono me completa, as cores, a luz, até a nostalgia de uma saudade de que se não sabe a origem, inquietações, vontade de viajar e regressar a casa. Mas é a inconstância do querer, o aspirar ao que não se toca de momento, que mais marca em mim as estações do Ano. Invernos, só rigorosos, com muito frio, nariz vermelho e chocolate quente, o cheiro verde do pinheiro, canela, arroz-doce. Depois a Primavera, cambraias e cardigans, amendoas doces, cerejeiras em flor, amores-perfeitos, amores que se descobrem quase perfeitos. Do Verão o cheiro do mar, o cheiro do sal na pele, o cheiro da pele quente.
Não sería fantástico ter-se um bocadinho de cada à medida de cada humor?
Não.
O que é que se faría ao desejo da saudade?
2 comentários:
Concordo, querida Gasolina. O "desejo da saudade" não poderia desaparecer. Como sempre encontras as palavras certas para nos encantares.
bj
marisa
acho mais que mudamos de humor em função das estações.
BF
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