
Suave, patine que acaricia suave. É do segredo. É dos sentidos. Proibidos. Como quartos que permanecem cerrados numa chave que enferruja num bolso e que todos os dias aguarda ser descoberta na história relatada em sussurro por causa dos fantasmas da lembrança de outras estórias salivadas em abertos olhares suspensos por um tom acima, mais acima, depois cavo a fechar de novo a revelação, o quarto, a chave esquecida...
Relance que foge, imagem derrapada na periferia. Ainda assim, suave. Babada nos contornos derretidos por noites, dias, outras noites em que o reflexo sempre lá ausenta-se da vista. Suave, olhos suaves a perdoarem as imperfeições e as cicatrizes navalhadas por um tempo de ontem.
2 comentários:
Olhos suaves... o segredo?
Beijos!
e, quando já é noite e a escuridão envolve o quarto, há um reflexo na parede, só ligeiramente mais claro que a escuridão envolvente. e daí parece vir o som de murmúrios e de beijos.
os sentidos já quase adormecidos parecem acordar. em desejos.
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