Todos os textos são originais e propriedade exclusiva do autor, Gasolina (C.G.) in Árvore das Palavras. Não são permitidas cópias ou transcrições no todo ou/e em partes do seu conteúdo ou outras menções sem expressa autorização do proprietário.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O bater do coração (seis)

Forte-forte, descompassado, não me curo desta arritmia dos sentidos, sentires, portas da emoção que num frémito me deixam lágrimas no céu da boca e gargalhadas nos olhos. Não há uma combinação certa para abrir este cofre forte-forte, é um som, um gesto, um cão que pára quando o chamo, o gato que me desvenda os olhos esmeralda como prenúncio de sol para amanhã, o chamariz árabe do amolador em dias de cama preguiçosa, quantas vezes já te ouvi? aqui, em Coimbra, nas terras dos sonhos em que plano como o açor a busca de caça. O meu alimento é o mundo, a chuva o meu beber e porque quero que assim seja, há-de o Tejo ser eu desfeita no choro da saudade.

2 comentários:

Vicktor Reis disse...

Querida Gasolina

É nesses momentos que o Tejo mais belo ainda é...

Beijinho.

Rui Fernandes disse...

Nessa altura faço como o Prof. Marcelo.