Forte-forte, descompassado, não me curo desta arritmia dos sentidos, sentires, portas da emoção que num frémito me deixam lágrimas no céu da boca e gargalhadas nos olhos. Não há uma combinação certa para abrir este cofre forte-forte, é um som, um gesto, um cão que pára quando o chamo, o gato que me desvenda os olhos esmeralda como prenúncio de sol para amanhã, o chamariz árabe do amolador em dias de cama preguiçosa, quantas vezes já te ouvi? aqui, em Coimbra, nas terras dos sonhos em que plano como o açor a busca de caça. O meu alimento é o mundo, a chuva o meu beber e porque quero que assim seja, há-de o Tejo ser eu desfeita no choro da saudade.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
2 comentários:
Querida Gasolina
É nesses momentos que o Tejo mais belo ainda é...
Beijinho.
Nessa altura faço como o Prof. Marcelo.
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