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domingo, 9 de maio de 2010

O bater do coração (nove)

Ao começar qualquer texto por SE condiciono (à minha vontade) aquele que me ler. Não propriamente no objectivo do que escrevo mas na função interactiva das sensações. Não descobri nada de novo, reponho uma fórmula comprovada como os cães de Pavlov. Mas se eu começar qualquer ensaio por SE é porque também eu me condiciono e espartilho no que podería ter dito, ou no (quase) tudo que (não) revelo, tornando-me assim... a mentirosa de mim mesma. Ou a omissão das convulsões que me atacam a cada palavra digitada na rapidez do sentir em que a boca murmura frases que os dedos (intelectos) não acompanham à razão da luz. SE eu pensar que sinto deixo de sentir? Acaso o meu coração pára se tudo o que escrevo não é mais meu e logo, não me pode fazer mal? Ou porque (in)suportavelmente as mentiras se tornam duplas estórias daquilo que verdadeiramente sinto quando escrevo sobre outros?


Então, serei eu, outro.


E o outro um SE.

2 comentários:

Vicktor Reis disse...

Querida Gasolina

É curioso... li-te atentamente e em mim senti uma enorme nostalgia de há muito os teus olhos não ver...

SE, pelo menos, publicasses um novo livro...

Beijinho.

Rui Fernandes disse...

Mas também há os ratinhos de Thorndike, os golfinhos de Skinner e outros mártires da ciência... eu cá ataco por SE, NO ou qualquer outro ponto cardeal, ataco o texto sem sentimentos com o passo fantasma e a faca na bocande um comando de elite.