Já agora digo-vos: E vão dois. Ainda. Apenas dois séculos esse é o peso que sinto às costas, mas também a frescura do inicio dos ensaios, tanto a descobrir, tanto a desvendar, tanto do exigir-me e extremar quando a fronteira mora onde eu quero.
Só 2 passos, umas vezes a pulos, outras de pé em riste, muitas, muitas vezes em pontas.
Passos que aproximaram mãos às minhas, olhos, o calor da pele, o som de risos, letras que se emaranharam noutras e formaram palavras com redobrados encantos.
Faz 2 anos que aqui cheguei. Plantei uma flor depois uma árvore. Já me arrependi e já bati palmas, já perdi a vontade e voltei com a vontade que há em mim, já fui eu e outros e outros de mim voltaram a ser um eu, que não eu.
Por isso, amanhã estou cá de novo. E depois também. Enquanto me fizer feliz.
12 comentários:
Continua. Continua sempre, ou pelo menos por muito mais tempo. Os teus textos são sempre muito bons. Textos qu nos fazem pensar, ler e reler para comentar.
Continua.
Beijinhos
Parabéns!
Enquanto estiveres, estarei também, para passear pelos teus campos de palavras e descansar encostada ao tronco desta árvore tão especial.
Um beijo
marisa
Oxalá que voltes sempre.
Deixo-te com as palavras de Isadora D, tão aplicáveis à escrita também.
"Se procurarmos a verdadeira fonte da dança e nos virarmos para a Natureza, verificamos que a dança do futuro é a dança do passado, a dança da eternidade, que sempre foi e será a mesma."
Isadora Duncan
Beijinho
E quando menos esperares a semente transforma-se numa floresta...
JC,
Obrigado.
Hei-de regressar sim, este é também para mim um mar revolto em que eu me domo, não ao mar.
Um beijo
Marisa,
Especial és tu que me lês sempre tanto.
Obrigado. Porque sim, por todos os olhares e folhas que crescem na árvore e que tão bem cuidas.
Abraço-te com um beijo grande
Mateso,
Querida Azul, é sempre tão gratificante saber-te aqui.
Obrigado.
E também por trazeres os gestos de Isadora.
Um beijo em ti
RB,
Que grande surpresa!
Que boa surpresa!
Obrigado, espero que estejas por perto para ajudares a não me perder nessa floresta.
Um beijo de saudades
Querida Gasolina
Nestes dois séculos percorridos em que semeaste belos textos que deram cor e encanto à tua árvore de que me sinto uma singela folha, guardo comigo, bem junto do meu peito, uma flor que me atrevi a colher.
Nela sinto a textura da tua pele e o aroma do teu corpo.
Beijinhos.
VicKtor,
És folha da árvore sim.
Poucas resistiram nestes dois séculos. Afinal só as importantes e verdadeiras. As de plástico derreteram-se sob o sol.
Um beijo meu Amigo
Pois é, o eterno problema de quem lança raízes, crescem, crescem... e depois...? Cá estamos.
Bj.
Mateso,
Isso mesmo.
Tenho alturas em que sinto não ser capaz de estar longe das raízes, tenho outras que me falta o ar da liberdade.
Um beijo
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