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terça-feira, 24 de maio de 2016

Esqueço-me que é Maio

 
 
 
Acontece que nem me risca que é Maio, dias houve em que serenava os olhos dizendo-me olha o mês do coração, sabía-me bem como um desejo de final do Ano, ando tão ocupada que me distraio do que me distraía, as linhas da poesia parecem assemelhar-se a carris de combóio que atravesso a correr enquanto o dito me sopra na queda humilhante a quatro encarvoada.
Acontece que me distraio com a organização dos outros, perdi a noção de encostar o queixo à concha da mão e deixar-me a ficar a sonhar com a esperança de voltar a ver o mar em breve, que Maio é esperança de Estio amornado, paixões novas paixões que mesmo das conquistadas sempre se renovam na descoberta, outras latitudes, desorganizadamente achava-me e perdida ría de mim.
 
 

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