Cinco minutos de uma eternidade, cinco minutos onde os algarismos não têm memória porque se fazem eternos na profundidade de um mergulho onde se deixa tudo, corpo e ser, e deixando esse todo e não se sabendo quem mesmo assim não se quer o regresso, cinco minutos do mais saboroso porque do mais perdido ou do mais esquecido do que se é, corpo e ser, ou nunca ter sido ou ser o desejo em absoluto, realizado, palpável em cinco minutos de eternidade que não se sabem que são mensuráveis em cinco ou toda a vida, apenas um mergulho de felicidade profunda.
Confusa felicidade que tritura os algarismos ao emergir no espasmo da vida, vidas reencontradas no corpo, o ser ao corpo, colisão da realidade.
Os dedos no despertador esmagam os cinco minutos extra, ergue-se, a dose injectada foi esquecida.
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