Dobro-me sobre as várias camadas de tempo que me cresceram de dentro até a pele se estender no hoje, resguardos de memoráveis ignorâncias em que a perfeição se sustinha na crença do bem, no alcance da mudança pela evolução do belo, pelo amor, pelos amores, um continuado achamento de que a conquista era possível pela palavra, honras calcinadas que deixaram fendas a um outro crescer permitindo um invólucro encouraçado mas ainda ligado a infantis e doces juras de princesas e dragões, sendo este revelado afinal como a coragem, personificações que passaram a duvidas, sombras, condicionais vingativas ao próprio na revelação da pequenez do homem, a decepção e o desencantamento, quantas poesias a filtrarem a verdade ou desta só a primeira como álcool dormente a dobrar o corpo para resguardar a dor e esquecer o que se foi, a perfeição de nada saber, dobro-me em vénia ao fundo dessa leitura e acho as outras que me trouxeram até aqui, quase selada, receios que me levem as estórias que tenho guardadas para olhar em dias de chamar a esperança.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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