
Vou até lá num pulo, hoje hei-de fazer esta visita por diversas vezes, não me ficaram marcados muitos mais dias em que o regresso se possa apontar com tantas coordenadas, lembro-me deste no calendário, revisito-o sem evitar encontrões e apertos, para quê escolher atalhos se sei onde quero ir, ficar um pouco, sentar-me e ver tudo de novo e o novo sendo antigo é novo nascido por cada olhar que eu trouxer [meu] onde o cenário belo se mantém estático para além do que a minha presença viva o possa alterar, colho desta o que não trouxe o ano passado, e no outro e naqueles antigos que já se foram porque passaram a ser imóveis desde que pestanejei, adormeci, esqueci que não estavas mais aqui do meu lado e agora sento-te porque te quero perto, o meu olhar a admirar-se na tua pele e em cada gota de suor que nos salgou naquele dia tão quente e na escassez de água que nos encarquilhava a língua e pesava nos olhos a falta de força, vou lá num pulo e ainda tenho genica para regressar a sorrir.
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