Chegam todos a uma só voz, cacofonias, uma dor, provoco outra para me distrair na atenção dos puxões da negociação, chantagens do tempo, houvera aqui luz e a minha mão sería poder para fazer escuridão total.
Enlevam-me, leem-me toda na singularidade de eu lhes ser palavra e sorriem-me com paternalismo fazendo-me pequena de frágil no sentir, não sou mas sinto-me, procuro a chama da claridade e sopro no esforço vão do que nada há, nem se incomodam, apenas sorriem dando a mão à minha tão pequena e gasta, tão gasta e usada agora reparo, os dedos comidos e sujos que carinhosamente escondem dentro da concha das suas mãos de adulto, à vez e como uma bênção que se dá para seguir adiante perdoada.
Eu sem luz para desligar. Dorida de uma bênção por pecados que não creio, quando lhes senti a saudade não vieram, chegaram como água rebentada e trouxeram parentes que estranho e me tocam na privacidade das mãos sujas das minhas palavras como parte do meu corpo intimo.
Silencio no aparo da caneta, madrugada aberta. [Adormeço].
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