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sábado, 1 de agosto de 2015

Latitudes



Boio, não sei sinceramente se conseguirei passar incólume sem a beliscadura das perguntas, (até das minhas, que me estranho nesta posição de para aqui estar) deixo que a realidade se desenvolva ao meu redor até parecer um caos (os gatos miam), o relógio não pára o pêndulo só porque eu permaneço estática e [aparentemente] absorta (não boio, ai a ilusão, afundo-me se dou conta do que acontece nesta realidade paralela) nas conversas de tantas palavras que vão puxando outras como um lenço de um mágico tirado da goela deste (sem fim, as vezes que o cão já me olhou e se sentou, ergueu nas quatro patas, voltou a sentar, arfa, arfa), engasgo pontuações quando a porta se abre e o som me perde o fio do verbo [instintivamente], regresso à vertical (dou aos pés), caminho até ao universo [reconhecido] evitando salvações sem precisão, não me perdi, flutuava.

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