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quinta-feira, 30 de julho de 2015

O livro negro dos homens (dezanove)



 
Sempre apreciei aqueles que devotamente defenderam as suas ideias, lutaram por elas, não de uma forma obsessiva mas porque nos seus argumentos as sustiveram como objectivo de vida, espada de abrir caminho enfrentando tudo e todos.
Mas nunca entendi, por força dessa vontade, que tivessem de ser sacrificados à mão de outros homens, vindo mais tarde a constatar-se terem sido os primeiros a fazer história para que outros beneficiassem desse empenho na alteração da visão da sociedade. Da razão.
Chamam-lhes os grandes nomes da história ou os que fizeram história, mas folheando páginas só encontro homens e mulheres na grande maioria, mortos e enterrados como criminosos sem terem tido a oportunidade de ver essa razão vingar para que os que os baniram, preguiçosamente, pudessem usufruir. Depois a adoração, a contemplação ao esqueleto, o monumento a tão bons serviços nas palavras inscritas na pedra fria, jamais esquecido entre os seus pares.
 
 

(Almada, Jan/2012)

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