Pergunto qual o destino sobre tantos papéis, cadernos e mais cadernos que se empilham, tantos sem a marca da data, não seguem dias, só o inicio e o fim da última página, não obtenho nada a não ser manobras de evasão, frases curtas com pontos de interrogação e exclamação demonstrando desagrado na conversa que não pretende seguir, não há diálogo pois, se não vou conseguir respostas, talvez nem as queira, se me perguntar a verdade de mim para mim ponho-me a adivinhar futuros coisa que nunca tive interesse e agora isto, perguntas do além, além-mar, além-escrita, além-vida, além-vidas que me acompanham e destas todas não tenho direito de perguntar destinos sobre o que seguem, o que fazem ou não querem. Da minha sei-o. Ou nem tanto, ou chegará o dia e a noite que nem tanto, apenas pilhas de letras em cima de papéis. Depois. Papéis dobrados, como a vida ou o que se segue desta ou nada mesmo. Papéis sem data. Faz-me barcos e deixa-os ir pelo Tejo.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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