Buscam, rebuscam, escarafuncham, não porque consigam ver mais além, mas a miopia condiciona-lhes a distância do geral ou a pressa limita-os no detalhe precisado para a leitura de um todo ou até de muitas partes se não o bocado inteiro e desta forma, não é a imaginação nem a procura interessada que os leva a afastar e a chegar perto para a descoberta de novos formatos, novas cores, outros desenhos, o deslumbramento da conquista. O que se prisma é sempre o mesmo, o que se obtém é o reflexo da mão entendida ao procurar chegar lá e esse é que é o momento mágico, porque se nada se tentar por mínimo que seja, são apenas missangas de vidro imóveis, como dois olhos que se colocaram num morto a fazer de conta que ainda estão abertos ao mundo a espantarem-se de tanta comoção por neles se dedicarem.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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