De novo em Paris, aquele cheiro forte de café quente e o som do trânsito que arrasa o cómodo quando abrimos as janelas altas para trás e o fresco pica o nariz no contrate do morno das maçãs do rosto, hoje não ponho blush, uso o baton atrevida, meias negras e vou para a rua ver as gentes mordiscarem palavras, de novo Paris, hoje sonhei-me, neste quarto onde a luz me foge da penugem dos braços, dourada a cor dos olhos para que os sonhos me fiquem na lembrança deste dia que sempre amarguei, mexo o café devagar em goles saborosos quando brinco com os dedos entre a refracção de uma luz de quarto entre Lisboa e Paris ou este e o sonho de voltar à casa dos sonhos e eu no silêncio de meias negras cerro os olhos, cerro as mãos, adormeço e gosto deste Domingo por fim.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
1 comentário:
(por acaso não gostei de Paris....)
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