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quarta-feira, 11 de março de 2015

Desinquietações da terra



 
Se para mim escrever é vital e prazeiroso para outros não o será, e a verdade é que se tive dificuldade em entender que o acto da própria leitura fosse um sacrifício para muitos, admitir que escrever para quem o fazia não passava de letras em papel e se apelidava de escritor - e aqui sublinhe-se que não generalizo, mas reduzo a um universo microscópico -  doeu-me  como chagas mas acabou por me desinteressar completamente.
E com isto quero dizer que a questão não me preocupou mais, tão pouco um levantar de sobrolho.
Mas virem junto a mim, perturbar-me, insinuar-se, com agitações e até mesmo adulações em que o objectivo, dúbio por certo, [que vislumbro] uma ferroada ainda por cima mal dada com erro ortográfico sem revisão ou tropeço alterado a contento de editor de humor em dia mal dormido, altivo e sobranceiro, e a conversa azedada no troco do vocábulo que me tirou das entranhas, que esperam que eu responda???
Ou que nada diga?
Que o coração se esconda mole e frio calcando o verbo pastoso?
Que diga grata e benvindo?
A árvore está na terra mas as raízes estão no peito.

 

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