Essa coisa vingativa que num relance atinge o canto do olho, fugaz, quando se volta a repetir o gesto já não está lá recuperado que foi o fôlego do susto do segundo e se ajeita o corpo ao esperado, o punho imaginado contra o reflexo na impunidade do deboche ou no desalento da memória e se guarda na boca mal engolida de cuspos amargos que secam a pergunta, quem és tu que me observas, quem és tu que outro foras, quem és tu que eu não quero, quem és tu que eu já fui e ainda aqui sou e não conheço, quem és tu batalhas de guerra ganha, invólucros de prata devolvida, renovações que a cada era a surpresa no verbo ensina, pele tatuada de sentir único.
Passou.
Num relance a projecção até ao estar, assentar à pele até ao ser.
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