Desde todo o sempre houve um fascínio da minha parte pelo diferente, muitas das vezes encarado pelos demais como o feio, o rejeitado, até o coitado ou o grotesco e incrédulos nesse gosto peculiar a par com a arte amada pela dança e outras chamadas de finura delicada tão ao dom de uma menina de rendilhados predicados, logo se desconcertavam no apetite de minha parte e trocistas legendavam o jeito num jeitinho, e a exclamação surgia:
- Ah! Isso é para veres se nos chocas!
Um tremendo de um choque levava eu, o preconceito à flor da pele corría comigo a sete pés e cada vez mais longe de uma normalidade pretendida, acertava-me numa distância difícil e saborosa, diversa e diferente, um íman que me atraía para um universo de mundos de múltiplos olhares onde o meu, diferente, era apenas, normal.
Sem comentários:
Enviar um comentário