É a escrever que brinco, que respiro, que amo, que me revejo, que outros de mim me usam e desses outros os leio com aceitação ou repudio na critica que lhes faço.
Porém, esse acto é feito na inteira confiança em que sinto, sem apertos, livre, sem condição e tentar cortar a voz da tinta nas palavras com que borro as páginas equivale a taparem-me a boca.
Já aconteceu publicar e ser admoestada, recomendações veladas ou até mesmo conselhos sobre a natureza do verbo, tudo para me por no bom caminho e perante o cabelinho levantado, a dose veio reforçada no tom de outras medidas, de maneira que não tive outro remédio senão engolir em seco a minha liberdade e retirar tudo às vírgulas.
Mas o remate da coisa foi quando me disseram em tom paternalista, para eu pensar duas vezes antes de me aventurar de novo.
Duas vezes?
Mas vocês só pensam duas vezes? Que desperdício...
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