É tudo encenado. Um drama!
Está tudo a postos e pronto para o arranque e a branca atinge em cheio, nem mesmo o café é à séria, as palavras patinam na falta da tinta ou na falta de tino ou na pouca força do elástico que esticado no seu limite paga as favas pela incapacidade do cérebro se poder retirar da sua caixa e ser chutado até acordar para a realidade, ou reformulando, para a teatralidade do acto e o acto em si é nenhum. Comparáveis artificialidades à lâmpada que alumia mais que qualquer idéia. Apagada. Sumida. Talvez comida pelo gato, pelos gatos que cofiam os bigodes e se passeiam lânguidos pelas folhas virgens do caderno, de resto tudo frio, o café a ganhar uma nata acre e coalhada, sai o elástico disparado pelo descontrole dos dedos habituados à dureza do aço da caneta e de seguida na perseguição o salto do felino, a tragédia, o caderno!
Instantâneos indescritíveis.
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