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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Novo Ano



Olho o calendário, racionalizo, ouço a agitação e nem mesmo assim um frémito que me provoque choque me desperta para outra realidade, mais um dia, um dia novo e afinal o Sol depois da noite cansada, ato o cabelo em três pedaços, um por cada dia a faltar para acabar com o Ano que dizem velho, digo menos um e somo um por conta das coisas belas que arrecadei, vistas de rio, mãos unidas, silêncios de olhos, palavras escritas, tino bastante para ter lido e ter contado a outros, viajar, amar, ângulos, a correria de quem procura o vinho com bolhinhas e combina ceias de meia-noite esbarra na minha esquina aconchegada em cantos de sofá. Entranço o tempo nos sonhos a cumprir, não deixei de os ter, a paixão que me consome é-me alimento para seguir e todos os dias é dia de novo ano para conquistar.

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