A página rasga os olhos primeiro, um clarão branco quase incandescente que o instinto obriga a cerrar na protecção do verde, mergulho, perco o pé, tonturas, rebolões, sem tino, estico a mão, as mãos, apanho uma caneta e um esguicho mancha de escuro a transparência e a noite cobre corpo, não sei se meu ou se outro, sinto braços a segurarem o torso a direito e notas em rodapé que se agitam furiosamente impulsionando a força da subida, letras que escapam na espuma dos sentidos ou a ilusão de se dizer o todo a arder nas palavras que secam deitadas em linhas invisíveis, respirar, ressurgir, morrer de novo pelos olhos outra vez abertos e inaptos de ver.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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