Sem certezas. É a força do hábito ou o vicio entranhado nas veias a pulsar comandando que não devo e devo ir, fazer, cumprir, resgatar, descobrir, qualquer coisa que oriente a vontade mesmo sem esta, um caminho infindável que percorro esgotada. Por isso estranho hoje esta mansidão que me pega ao colo e me poisa de leve, shhh, nada de novo, não hoje, por hoje não, esta negação do ir que desconheço e que o meu corpo treinado se incomoda desconfortável no prazer da permissão. Não tenho certezas... Parece que me pertenço, mas não estou certa. Tempo parado. Eu em mim. Só eu. Sem caminhos de ir e sem verbo de obrigar ou outros reflexivamente declinados, reclino-me na permissão de olhar as minhas mãos traçadas sobre os joelhos e penso a vida.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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