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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Quo vadis




Deitar, aconchegar os sentidos ao silêncio da noite e pedir sono, pedir sonhos, puxar as horas ao pescoço rente ao cansaço da correria do [teu] corpo paralelo, respiração coordenada, um monte, o abismo, uma montanha, desse lado nasce o sol, acordar, [saber] andar, desenhar filas e carreiros, imitar e copiar, decalcar e não fugir, acertar passos, a-cer-tar pa-ssos, alinhar, apressar, nitidez do som que grita o dia do meio passado na claridade do pico que tombou os ponteiros nas costas dobradas, pernas que se movem ao contrário e olhos que se colam no dorso, há a [nossa] fome que perfura o umbigo atarrachado na bateria das palavras esquecidas nas horas passadas, comer, comer com as mãos os sentidos do silêncio da noite e pedir mais um dia, deitar, aconchegar em cruz, fechar.
Escuro.
 

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