Consumidos pelo calor, pelo governo, pela troika, pela penúria, pela despedida, pelas portas fechadas, pelo desemprego, pela cunha, pela caristia, pela hipocrisia, pelo esquecimento, pela correría, pelo cansaço, pelo lugar ocupado, pelo despertador que não toca, pela publicidade enganosa, pela casa roubada, pela dívida ao fisco, pela traição do amante que regressou à casa roubada por não ter dinheiro para suportar o divórcio. Consumidos até à morte.
E neste salto vagaroso em que a vida se faz, vamos esquecendo o verde que vinha do chão em pequenos brotos e que tanta esperança alcançava no horizonte, mordia o sorriso no rosto, deliciava os olhos e amornava os dias pequenos que trazíamos às costas.
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