Está sempre presente.
Mesmo quando distraidamente se esquece da vida, nós alheados, nós satisfeitos ou condoídos ou esperançados, ele sempre lá, um grande ausente que se mistura na turbe, faz conversa, troca galanteios, opina, traz número para o seu clube e enquanto o diabo esfrega o olho está sentado na nossa frente de joelho traçado e pé animado num ritmo de vai-vem a atirar-nos com perguntas à laia de respostas quando nesse momento o que pedimos são respostas às perguntas que não tivemos tempo de fazer.
Não há como o evitar, mudar-lhe as voltas, enganá-lo ou mandar dizer que não se está, é ardiloso bastante para saber como achar quem quer e no fundo, não há ninguém que não tenha uma pontinha de desejo de saber como será conversar sem tempo.
2 comentários:
para mim, um dos melhores que por cá li. embora, julgo, haverá quem possa não concordar.
Olá Tri,
Creio que (ainda) não conheceste o Ausente... há bastante tempo que não aparece.
Mas obrigado, penso que as tuas palavras são para o texto presente, embora isto vá parecer confuso, ehehehe.
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