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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Carolina


Imprevisivelmente tornamo-nos amizade. Mesmo na maioria das vezes discordando. Ou talvez seja esse o condimento necessário para manter as nossas conversas abertas sem direito a reserva de pensamento, onde o lema é: o que ficar por dizer hoje a propósito não poderá ser repetido.
Saímos algumas vezes magoadas mas sempre e confessadamente verdadeiras no sentido de apontarmos o que desgostamos - não em termos de critica destrutiva ou de sujeito substitutivo - quer em relação à opinião politica, quer à discussão religiosa, quer à marca de sapatos (que se a Carolina aqui estivesse neste texto, defendería com unhas e dentes os italianos, juntando os dedos polegar ao anelar da mão esquerda em movimentos verticais enérgicos).
Uma conversa com esta Senhora equivale a várias voltas na montanha-russa com direito a looping e a oitos, pois nada é morno, mesmo quando o tom de voz esmorece como um sussurro e já quando tudo parece ter chegado finalmente a terra firme, ela ainda surpreende com o mais perfumado chá que alguma vez se degustou.


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