Vontade do regresso. Medo da descoberta. Sentidos. Repetições. De repente, as manhãs parecem rasgar-se numa dolorosa admiração pela clarividência com que a cor penetra na maturidade do que já se viu, já se sabe, não se sabe nada, reaprende-se porque se papagueia de outros sentidos sentidos, mil olhares revisitados que nunca se ligaram, o mundo roda sobre si mesmo à velocidade do que tomba para dentro de si, acho-me catapultada nas mesmas questões que alguém colocou a si mesmo e o eco das perguntas ressoa num futuro próximo a outros que as seguram fazendo-as suas. Mas é a minha dor a dor comungada, a água partilhada o sal da morte das lágrimas, o soluço o abismo do verbo da palavra que se encrava no grito? Então aí, a terra abranda, a terra pára, a terra arrota e os homens separam-se.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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