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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O perfil do verbo

De onde vieram estas há mais. Guardadas aqui, acolá, espalhadas como papoilas que sangram e também muito bem arrumadas em gavetas que não se misturam no conteúdo, não porque tenham mais importância mas porque se cultivam na intimidade de se mostrarem desviadas do que se espera e na dúvida razoável, pergunta-se a mutez, isto é mesmo assim?
É.
Fiável. Tão crível que parece mentira, tão diametralmente consagradas nos géneros que se encaixa na metódica (dúvida, sublinho) e finalmente um som, fraquinho, ciciado, isto existe?
É.
Habitável. Da hostilidade parte-se para a mutação e dispõem-se os adjectivos como degraus graniticamente escavados atirando loas, suspeições, clonagens e gestos de mão menor para o lugar de enfeites que se tiram e colocam a bel-prazer, surge a tonalidade no sujeito, quem és tu?
É.
É aquilo que tu quiseres que eu hoje seja.

16 comentários:

Arábica disse...

Somos tudo o que conseguimos ser, que nos permitem ser e ainda que a criatividade nos inspira a ser.


Somos muitos.


Beijo

Chat Gris disse...

Não comento há muito, mas venho cá sempre que posso.
(é sempre tão difícil dizer seja o que for sobre o que escreves)

Gasolina disse...

Arabica

Muito mais do que a inspiração nos permite ser do que aquilo que queremos.

Dizer não é ser, mas é estar.

Somos muitos sim. Tantos que até parece mesmo serem outros.

Beijo em doses

Gasolina disse...

Chat Gris

Merci, merci bien.

Faz bem à Árvore saber-te por aqui, entre ronrons e patadinhas.

CNS disse...

Todos os pequenos hiatos em nós estão lá. Elas, são as magicas pontes para as nossas buscas. Em nós.


um beijo

Laura Ferreira disse...

Tão bem te entendo. Acho que falas de palavras e são tão nossas as palavras, não é?
É.
É o nosso tesouro, aquele que nos corre nas veias em forma de sangue e que mancha o papel em forma de verbo.

Um beijo enorme.

Mateso disse...

Sou o vento das palavras, o método do pensamentos, a riqueza da frase qualificada. Sou tudo isso na ordem simples e complexa do escrever, dizer ou apenas construir quando o sentir explode no bico redondo de um lápis ou de uma caneta.

Vicktor Reis disse...

Querida Gasolina
Hoje sou um escrevinhador de comentário... mas teu leitor atento sou sempre... quero sê-lo sempre... esonho nas tuas palavras sentidas.
Beijinhos.

Gasolina disse...

CNS,

As pontes fazem (-nos) falta, não é?
Para nos atravessarmos em verbo até à margem de nós.

Um beijo com a força de um abraço

Gasolina disse...

Laura,

Claro que me entendes!

São nossas e são ingratas, são amantes que enlevam e nos largam perdidas.

Mas também são o sangue que dizes tão bem. E o nó, aquele que me ensinaste.

Abraço-te

Gasolina disse...

Mateso,

Que dizer?

Uma vez mais, o teu comentário é demasiado "enorme" para esta caixinha envergonhada.

Dá-lhe luz, dá-lhe mais palavras e mostra a tua poética azul.
Fico à espera...

Beijo grande, grande

Gasolina disse...

Victor,

Escrevinhador?
Isso sería para o rol de compras!

Aqui és folha, olhos rasgados, amigo grande.

Espero-te sempre aqui junto à Árvore.

Um beijo de tanta estima

marisa disse...

o verbo aqui, nesta árvore, para mim és Tu, em grande e um imensas variações. repito-me, mas gosto de o fazer/dizer: obrigada.
beijo de um Eu que gosta do Tu
marisa

Gasolina disse...

Marisa,

Obrigado, muito obrigado.

A ver se não te desaponto...

Abraço dos Eus e do eu para ti, todos sinceros.

pin gente disse...

quero e posso!

é

talvez inacreditável.

posso
será que quero?
quero
será que posso?

quem sou?
sou sempre eu
o que acontece é que eu, mudo... mas sou ainda e sempre, eu.

Gasolina disse...

Pin,

Versatilidades.
Sincronias dos eus.

Quero e posso.
Basta ser outros de mim.
E deixá-los viver.

Um beijo L.