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terça-feira, 9 de setembro de 2008
Riscos
Tenho dias de lápis e borracha e outros de caneta.
Mas hoje é daqueles que só a sumo de limão em que apenas o calor das mãos faz sobressaír o impresso das letras.
Os riscos também golpeiam. E doem. Por isso palavras escrevi a amargo e porque não se consegeum ler se não através do calor que se lhes chega. São sentires.
Eu também gosto. Há amigos que me oferecem lápis porque sabem o meu apreço por eles, o cheiro que libertam quando os gastamos, o traço fino na novidade e o engrossado à medida do uso. Gosto deles afiados na apara-lápis, muito estilizados e gosto deles aparados a canivete, grosseiros e robustos.
Mas há dias que nem sequer devería saber escrever... sob pena de rasgar o papel.
Li e reli o teu comentário. Várias vezes. Porque me senti desguarnecida. Segredos. Tantos. Segredos que não são segredos porque são coisa simples. Mas são secretos. Meus.
Há dias de limão, que se escreve com o aparo molhado no sumo do limão. A escrita fica invisivel, só nós sabemos o que escrevemos. Mas se alguém lhe chegar uma chama, as letras aparecem como por magia.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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-
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22 comentários:
Tres linhas de texto... magníficas!
Fica um mundo de caminhos e histórias para percorrer...
Abreijos
...sim! Entendo muito bem...
Beijos de luz e o meu carinho!!!
Bom dia
Estará frio? ou é do espirito de momento.
Amizade
LUIS
Ao desafio já dei resposta.
Bj.
dias em que os riscos...são apenas isso
outros em que os riscos são traços de sentimentos
beijos
eu gosto dos dias de lápis e borracha. sempre achei que a caligrafia fica muito mais bonita quando desenhada a carvão.
beijo
Ah! Que dias, os dias de segredos (mesmo para nós).
Gas:
Há dias assim!!!
Um beijo enorme,
Estou sempre aqui na tua sombra, sou pequenina mas quando quiseres...
Um beijito,
Sony
Mas são muitas vezes essas letras que nos sabem melhor...
Obrigada, minha querida gasolina pelo abraço generoso que me deixaste na minha casa.
um beijo
E escreves estas fantásticas e breves linhas só com sumo de limão?
Imagino o surreal que farás com sumo de uva!
Samuel,
Sempre muito bom ver-te aqui.
Obrigado pelas tuas palavras.
E que "este mundo" não tenha fim.
Abreijos, pois então!
Mundo Azul,
Sabes do que falo?
Ainda bem...
Um beijo pelo oceano
Luís XIV,
FRIO???
Mas tu estás onde? No Antártico?
Tomara já sim, esse friozinho da manhã, que saudades... Estou farta de calor!
Dia bom para ti, que te seja morno então.
Mateso,
Já li, já me emocionei, já te bati palmas e dobro-me perante as tuas palaveas.
Que bem vestes Setembro. Não é ele que te veste a ti, Azul, ÉS TU!
Muito obrigado por tão grande momento e pela partilha tão generosa.
Um beijo Querida Mateso.
Carla,
Os riscos também golpeiam. E doem.
Por isso palavras escrevi a amargo e porque não se consegeum ler se não através do calor que se lhes chega. São sentires.
Um beijo
Pin,
Eu também gosto.
Há amigos que me oferecem lápis porque sabem o meu apreço por eles, o cheiro que libertam quando os gastamos, o traço fino na novidade e o engrossado à medida do uso.
Gosto deles afiados na apara-lápis, muito estilizados e gosto deles aparados a canivete, grosseiros e robustos.
Mas há dias que nem sequer devería saber escrever... sob pena de rasgar o papel.
Um beijo Luísa Gente
Fernando,
Li e reli o teu comentário. Várias vezes. Porque me senti desguarnecida.
Segredos. Tantos. Segredos que não são segredos porque são coisa simples. Mas são secretos. Meus.
Um beijo, feliz de te voltar a encontrar.
Sony,
Há dias de limão, que se escreve com o aparo molhado no sumo do limão. A escrita fica invisivel, só nós sabemos o que escrevemos. Mas se alguém lhe chegar uma chama, as letras aparecem como por magia.
Eu sei que estás, Formiga. Sei sempre.
Um beijo, um abraço em ti Rabina.
CNS,
Eu é que tenho que te agradecer pelo todo que me dás das tuas mãos.
Até mesmo as de escrita a sumo de limão.
Muito obrigado C.
Dás-me sempre, sempre conforto.
Um beijo grande em ti
Patti,
Ehhehehehe!!!
Se queres saber com essa tinta especial de uva gosto de colorir...
palavras e a mim.
Obrigado, Patti, beijo
PS.: Já acabou a correría? Ninguém te agarra!
Há uma familiaridade nas tuas palavras que às vezes me faz corar de espanto.
Pensar parecido em certas coisas, é a única coisa que posso dizer.
Um beijo, querida Gasolina, por tudo que me dás em palavras.
São mil gestos.
Laura,
Eu mesma já te havía referido que as tuas palavras me servem. Não sei explicá-lo de outra forma. Aliás há coisas que nem precisam de explicação.
Acho que é o "nó" de que me falaste.
E para mim é o bastante.
Um beijo
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